Na angustiosa busca de um Deus
Que possa ser visualizado,
O homem desvia o olhar dos Céus
Para o plano materializado.
Projeta, então, em frágeis criaturas
Toda a sua esperança
De um mundo, onde as venturas
Fazem perfeita aliança!
E assim, tendente a ligar
O intangível ao precário,
Constrói o seu santuário
Fadado a pouco durar...
E onde o Amor não permeia,
O fracasso acarreta o abalo da fé alheia.