A verdade é sempre estranha,
Mais estranha que a ficção.
Lord Byron
Mais estranha que a ficção.
Lord Byron
Aos poucos, ele foi chegando
E no meu dia a dia
Foi-se instalando,
Sem que eu desse permissão.
Quando mudava a estação,
Ele se destacava
Do coro das cigarras
Que nas árvores mais próximas cantava,
(E me deixava grilada).
Um dia, um “insight” atrasado...
Aquele grilo cricrilava
Dentro do meu ouvido – que atrevido!
Com o tempo a decorrer,
Percebi que ele não matava,
(Só incomodava),
E aprendi com o mesmo, conviver...
De um Pinóquio encanecido
Sou hoje uma versão transmutante,
Já que, como ele, tenho
Meu próprio grilo falante,
Que está sempre a me dizer:
- Calma... silêncio...
Pra que eu possa adormecer...
Só assim encontro paz...
De grilo dormindo!
E no meu dia a dia
Foi-se instalando,
Sem que eu desse permissão.
Quando mudava a estação,
Ele se destacava
Do coro das cigarras
Que nas árvores mais próximas cantava,
(E me deixava grilada).
Um dia, um “insight” atrasado...
Aquele grilo cricrilava
Dentro do meu ouvido – que atrevido!
Com o tempo a decorrer,
Percebi que ele não matava,
(Só incomodava),
E aprendi com o mesmo, conviver...
De um Pinóquio encanecido
Sou hoje uma versão transmutante,
Já que, como ele, tenho
Meu próprio grilo falante,
Que está sempre a me dizer:
- Calma... silêncio...
Pra que eu possa adormecer...
Só assim encontro paz...
De grilo dormindo!
Dedico esse poema a todas as pessoas que, como eu, têm problema auditivo.